Inês Cardoso sobre 136 anos do JN: "É um aniversário que tem por detrás uma história única"

Na intervenção na conferência "JN Somos Liberdade", em que assinala os 136 anos do Jornal de Notícias, Inês Cardoso leu o editorial, publicado na edição do JN deste domingo, com o nome "Tempo de cumprir promessas". "Não é de todo o meu primeiro aniversário [do JN], mas é, sem dúvida, um aniversário que tem por detrás uma história única, que é pública, e que, por isso, marca muito este nosso dia e a nossa celebração", afirmou à plateia.

"Este é o aniversário mais agridoce na história recente do JN. Celebramos 136 anos a fechar um período conturbado, em que foi pública a crise que nos ameaçou, e ainda com dificuldades que afetam a redação e os colaboradores com salários em atraso", leu a diretora do JN. Pode ler, na íntegra, o editorial dos 136 anos do JN aqui. Inês Cardoso acrescentou que as "dificuldades têm de ser sublinhadas".

A diretora deixou ainda palavras de agradecimento a todos os jornalistas, independente do vínculo, que trabalham no JN e para aqueles que apoiaram o jornal durante os últimos meses, desde os vários atores da região Norte, como os autarcas, até aos artistas e aos leitores.

Inês Cardoso mencionou especificamente os nomes dos artistas Capicua e Miguel Guedes. "São pessoas que têm estado ao lado do JN e também os leitores que nos foram escrevendo ao longo dos momentos de crise. Foram para nós, em muitos momentos, um bálsamo", defendeu.

Pode recordar aqui a cronologia da Global Media Group desde a entrada do fundo World Opportunity até à venda de títulos da empresa como JN à Notícias Ilimitadas, S.A.

Também a diretora do JN disse ser importante ouvir o que o primeiro-ministro tem a dizer sobre o estado do jornalismo. Luís Montenegro vai encerrar a conferência "JN Somos Liberdade", este domingo, na Casa da Música. "É particularmente importante ouvirmos o que o Governo projeta fazer nesta legislatura", defendeu. 

Inês Cardoso terminou a sua intervenção na conferência com o último parágrafo do editorial deste domingo: "O JN está na rua, está junto das pessoas, está nas mais diversas geografias. O jornalismo estará vivo enquanto tiver terreno, gente e alma. O que se consegue com recursos e condições efetivas para que os jornalistas façam o seu trabalho sem constrangimentos. A liberdade de Imprensa não pode ser mera palavra ou desejo. É luta diária".