A candidata única à liderança do PAN, Inês Sousa Real, afirmou que os sucessivos governos "têm falhado" na proteção da qualidade de vida, do ambiente e da vida animal. A deputada propõe aos militantes uma "mudança de paradigma" e uma "alternativa aos modelos de governança".
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"Muitos diziam que éramos um epifenómeno. Lamentamos defraudar", afirmou a deputada no Congresso do PAN, em Tomar. "São cada vez mais os eleitores e eleitoras que se identificam com o ideário do PAN", sustentou, recebendo aplausos de toda a sala.
Inês Sousa Real referiu que as restantes forças políticas já provaram que "claramente não dão resposta aos problemas do presente e, mais ainda, do futuro". Embora o mundo viva "um momento absolutamente decisivo" em termos ambientais, Portugal "carece de um plano e de uma visão macro" para enfrentar esses desafios, considerou.
A Moção Global Estratégica que a candidata à liderança do PAN apresenta ao Congresso propõe uma "mudança de paradigma" que pretende estancar o "declínio da biodiversidade", algo visto como "absolutamente urgente".
Nesse sentido, Sousa Real pretende iniciar uma "transição para modelo económico mais justo para todas as pessoas". Em particular, destacou a importância de os jovens terem "algo mais do que apenas precariedade" como perspetiva de vida.
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Um partido que evoluiu mas mantém a "razão" e o "coração"
A parlamentar descreveu a sua moção como uma "alternativa aos modelos de governança". Nos próximos dois anos, compromete-se a defender "um modelo de desenvolvimento mais próximo das necessidades das populações", visando a construção de uma sociedade ""mais empática, de maior justiça e de maior valor".
"O PAN de hoje não é, felizmente, o PAN de há 10 anos", afirmou Sousa Real. Aludindo às várias conquistas e a "alguns dissabores" vividos ao longo da década que o partido tem de vida, referiu que este é sobretudo feito de "razão e coração", duas características "que tantas vezes faltam à política".
A futura líder do PAN falou ainda na necessidade de se "abolir práticas anacrónicas como as touradas, que já não deviam ter lugar em pleno séc. XXI".