Infeções sexuais: a "geração informada" e a que "não sabe o que é uma clamídia"
Consulta especializada em infeções sexualmente transmissíveis no Hospital de São João, sem referenciação, funciona há décadas.
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É uma consulta aberta. Sem referenciação. Quem lá entra, sai com o tratamento feito. Tudo comparticipado. Sem rótulos. Funciona no Centro Hospitalar Universitário de São João, no Porto - as consultas de infeções sexualmente transmissíveis (IST) estão praticamente confinadas aos grandes centros hospitalares. Nasceu, há décadas, na sua vertente de dermatovenereologia, pelas mãos do médico Soter Ramos, explica Carmen Lisboa, que lhe sucedeu nos finais dos anos 90. Que destaca, desde logo, o facto de “o acesso aos serviços” não ser “uniforme em todo o país”. Razão pela qual, defende, “muitos rastreios deviam ser feitos nos Cuidados de Saúde Primários”.
Para tal, como preconizam também os outros médicos ouvidos pelo JN sobre o tema, “é fundamental ter as normas clínicas cá fora, porque talvez assim se consiga uma força maior para que haja essa comparticipação dos testes PCR”. Evitando as “complicações” de diagnósticos tardios.