Maior taxa de sucesso e aumento dos tratamentos de Procriação Medicamente Assistida entre as explicações para o aumento da criopreservação de embriões. Foram destruídos mais de mil por ano desde 2021.
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Numa curva ascendente ininterrupta, no final de 2023 eram já perto de 65 mil os embriões criopreservados. Num crescimento de 235% se recuarmos dez anos. Tendência idêntica verifica-se nas doações, mas também nos embriões destruídos, acima do mil desde 2021. Números que os especialistas explicam com uma maior taxa de sucesso da técnica de conservação e com o facto de se fazerem mais tratamentos de Procriação Medicamente Assistida (PMA), o que obriga a uma reflexão sobre a infertilidade.
De acordo com os dados do Conselho Nacional de PMA (CNPMA), em 2023 estavam criopreservados 64 937 embriões (valor acumulado a 31 de dezembro): 3,3 vezes mais se recuarmos dez anos. Já o de embriões doados passou de 32, em 2013, para 318. Enquanto os descongelados e eliminados estão, desde 2021, acima de mil, atingindo um máximo de 1616 em 2022 e recuando para 1184 no ano seguinte.