Número de embriões destruídos duplica. No ano passado foram quase 2500
Banco Público está a responder a pedidos de gâmetas masculinos de janeiro de 2022. Lista de espera agrava-se.
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Num país onde se estima que um em cada dez casais sofra de infertilidade, são cada vez mais os que recorrem a tratamentos de Procriação Medicamente Assistida (PMA), que responde já por 4,4% do total de nascimentos. Fazendo com que, no ano passado, estivessem criopreservados quase 73 mil embriões. E que 2442 fossem descongelados e eliminados, o dobro face ao ano anterior. Sabendo-se que há cada mais casais ou mulheres solteiras em lista de espera para gâmetas doados. Com o tempo de resposta a agravar-se de ano para ano. Para espermatozoides, chega já aos três anos e oito meses.
Cruzando os relatórios disponibilizados no site do Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA) ficamos a saber que, no final do ano passado, estavam já criopreservados 72.962 embriões, mais oito mil face a 2023. Tendo sido descongelados e eliminados 2422, contra 1184 no ano anterior. Já os doados a outros casais aumentaram para 382 (+20%) e os cedidos para investigação chegaram aos 145 (contra zero em 2023). Sendo que a PMA responde por 4,4% do total de nascimentos em Portugal: 3673 crianças, em 2022, de acordo com os dados nesta semana apresentados pelo CNPMA na Assembleia da República.