A quatro dias das eleições autárquicas, a empresa familiar do primeiro-ministro volta a estar no centro da atenção mediática e a marcar mais uma vez a campanha eleitoral.
Corpo do artigo
Montenegro mostrou-se "revoltado" com a notícia de que os responsáveis pela averiguação preventiva sobre a Spinumviva defendem a abertura de um processo-crime, numa tentativa de conseguirem mais meios de prova sobre o caso. A Oposição quer evitar precipitações sobre o caso, mas a demissão do chefe de Governo volta a estar em cima da mesa. As autoridades continuam com dúvidas em relação às férias de Montenegro no Brasil e sobre a casa de Espinho.
Em Faro, numa ação de campanha, pouco depois das 20 horas, Montenegro mostrou-se tranquilo e, ao mesmo tempo, estupefacto e revoltado com as notícias sobre a empresa que agora está na alçada dos filhos. "A virem de alguém ligado ao processo configuram uma situação que é uma pouca vergonha, de uma deslealdade processual, democrática, que é intolerável e que eu não aceito de maneira nenhuma". A fazer lembrar as legislativas de maio, pediu aos portugueses para "não se deixarem levar por manobras obscuras a três ou quatro dias do encerramento de uma campanha eleitoral e de uma escolha que devem fazer em total liberdade".