O ministro das Infraestruturas acredita ter condições para continuar no cargo, depois de o seu pedido de demissão ter sido recusado pelo primeiro-ministro, na semana passada. Remete esclarecimentos para a comissão de inquérito à TAP.
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Questionado pelos jornalistas à entrada de um evento em Lisboa sobre se será um peso no Executivo, na sequência da polémica envolvendo o ex-adjunto Frederico Pinheiro, o governante remeteu mais esclarecimentos para a comissão parlamentar de inquérito à gestão da TAP. "Não vê que tenho imensas condições? Até estou a andar. Não tenho nada a acrescentar face ao que foi dito pelo primeiro-ministro", disse, em tom de ironia.
João Galamba apresentou a demissão a 2 de maio "em prol da necessária tranquilidade institucional", mas António Costa não aceitou, por uma questão de "consciência", defendendo, no mesmo dia, que o ministro não falhou em nenhuma das etapas do caso que envolveu o ex-adjunto e que, por outro lado, disponibilizou toda a informação à comissão parlamentar de inquérito (CPI) da TAP.
Na altura, Costa frisou que a eventual dissolução do Parlamento ia depender da avaliação do presidente da República, deixando o futuro político do país nas mãos de Marcelo, que, dois dias depois, não poupou nas palavras.
Numa comunicação ao país, o chefe de Estado foi duro com Galamba e Costa, com quem assumiu uma rutura, considerando que o chefe da pasta das Infraestruturas deveria ter sido afastado pelo primeiro-ministro porque a sua manutenção no cargo agravava a falta de "confiabilidade" no poder político e nas instituições do Estado. Sem hesitar apontar responsabilidades, Marcelo prometeu vigilância apertada mas decidiu não demitir o Governo, a bem da estabilidade do país.
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