O ministro das Infraestruturas, João Galamba, deverá ser ouvido na próxima quinta-feira na comissão parlamentar de inquérito à TAP, um dia depois do adjunto que demitiu, Frederico Pinheiro.
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Estas foram algumas das audições marcadas pela mesa e coordenadores da comissão parlamentar de inquérito à TAP e anunciadas aos jornalistas pelo novo presidente, o socialista António Lacerda Sales, segundo o qual este calendário foi consensualizado entre os diferentes grupos parlamentares.
Frederico Pinheiro deverá ser ouvido na quarta-feira (dia 17) às 14 horas e João Galamba na quinta-feira (dia 18) às 17 horas.
Depois da audição do antigo adjunto de Galamba, será também ouvida a chefe de gabinete do ministro das Infraestruturas, Eugénia Correia Cabaço.
Do calendário da próxima semana das inquirições da comissão de inquérito faz ainda parte, na terça-feira, as audições do ex-presidente da Parpública, Pedro Ferreira Pinto e do atual presidente da comissão de vencimentos, Luís Manuel Cabaço Martins.
Segundo as informações dadas pelo presidente da comissão, a próxima reunião de mesa e coordenadores será na próxima terça-feira, às 12 horas.
O caso, que remonta a 26 de abril, envolveu denúncias contra o ex-adjunto Frederico Pinheiro por violência física no Ministério das Infraestruturas e furto de um computador portátil, já depois de ter sido demitido, e a polémica aumentou quando foi noticiada a intervenção do Serviço de Informações de Segurança (SIS) na recuperação desse computador.
Este episódio gerou uma divergência pública entre o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, em torno da manutenção no Governo do ministro das Infraestruturas, João Galamba, que apresentou a sua demissão, mas que António Costa não aceitou.
Frederico Pinheiro acusou o Ministério de tentativa de ocultação de documentos pedidos pela comissão parlamentar de inquérito à TAP, relativamente às notas do ex-adjunto da reunião preparatória da audição da ex-presidente executiva da companhia aérea, Christine Ourmières-Widener, na véspera da audição na comissão parlamentar de Economia, em janeiro.
João Galamba negou as acusações, sublinhando que não houve ocultação uma vez que as notas, enviadas pelo ex-adjunto no corpo de um email, foram endereçadas à comissão de inquérito.