O Conselho de Jurisdição do CDS-PP deu razão a Nuno Melo e aceitou o seu pedido de impugnação do Conselho Nacional desta sexta-feira, que deveria deliberar sobre o adiamento do congresso do partido para depois das legislativas. Ainda assim, o líder Francisco Rodrigues dos Santos quer ser o candidato. E avançou com o Conselho Nacional.
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O pedido de impugnação do Conselho Nacional, que estava previsto para esta sexta-feira, foi aprovado com quatro votos a favor e três contra. O candidato à liderança do CDS-PP, Nuno Melo, conseguiu uma decisão que impedia que se realizasse a reunião que deveria adiar o congresso eletivo dos centristas para depois das legislativas. Mas o líder do partido, Francisco Rodrigues dos Santos, recusou acatar a decisão da Jurisdição.
Para o líder do CDS-PP, deve ser ele a ir a votos nas legislativas. "Tenho legitimidade política para liderar o partido no próximo ciclo político", afirmou, considerando que, só depois das legislativas se deverá debater contra Nuno Melo.
"A legitimidade da liderança é inquestionável", insistiu Francisco Rodrigues dos Santos, repetindo: "Eu não tenho medo". E vitimizou-se, garantindo que, desde o início, teve que se confrontar com críticos internos.
Além disso, Francisco Rodrigues dos Santos considerou que uma convocatória não pode ser impugnada. Garantiu não ter sido notificado e continuou com o Conselho Nacional, considerando que um impedimento da reunião, por causa de uma convocatória, seria "uma cabala política com fins particulares e que lesa o país".
Já Nuno Melo avisou: "A acontecer, a reunião será ilegal e todas as deliberações tomadas serão nulas", vincou o candidato à liderança, considerando que o desrespeito colocaria o partido "numa realidade à margem da democracia e do próprio Estado de direito".