O que é o cancro e como pode ser tratado? Como gerir sintomas? Quais os cuidados a ter durante o tratamento? Estas são algumas das perguntas a que tenta responder o novo guia informativo dirigido a adolescentes e lançado esta quarta-feira, Dia Internacional da Criança com Cancro, pela Fundação Rui Osório de Castro.
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"Este guia foi criado para te ajudar a focar na informação de que mais precisas neste momento, logo após o teu diagnóstico", pode ler-se na introdução, dirigida a todos os adolescentes portadores da doença.
Segundo a fundação, o Guia "Diagnóstico de um cancro para jovens e adolescentes" conta com uma linguagem e temas relevantes para esta faixa etária, e será entregue no momento do diagnóstico.
Em relação à gestão de sintomas, são enumerados alguns como hemorragias, dores, queda de cabelo e fertilidade, sendo dadas dicas aos jovens acerca de como podem lidar com os mesmos.
Além disso, são disponibilizados conselhos para ajudar os adolescentes a prevenir infeções. "É importante relembrar que quer na escola, quer no trabalho, quer na comunidade, deves manter a distância de pessoas que têm uma erupção cutânea, tosse ou espirros, pingo no nariz, vómitos ou diarreia.", explicam os autores.
A publicação dá ainda algumas recomendações de cuidados a ter durante o tratamento, nomeadamente no que diz respeito à atividade física, à intimidade sexual, ao uso de substâncias e à nutrição, entre outros.
"O Guia vai ser distribuído nos três Centros de Referência na área de Oncologia Pediátrica existentes em Portugal: Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil de Lisboa, Hospital Pediátrico de Coimbra e Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil do Porto", revela a fundação, em comunicado. Além disso, acrescentam, está disponível online para consulta na sua versão digital.
Segundo a fundação, em Portugal surgem, anualmente, cerca de 400 novos casos de cancro pediátrico. "Todos os anos, cerca de 400 famílias são confrontadas com uma realidade para a qual não foram preparadas, pelo que necessitam de grande apoio, quer a nível emocional como informacional", defende a entidade.