As opiniões divergiram ao longo da campanha de 2011, sobretudo por causa do estado das finanças públicas e das medidas de austeridade que se avizinhavam. Mas, no final, os candidatos dos partidos mais votados entraram em consenso em duas ideias-chave para o distrito: era vital apostar nas exportações e valorizar a produção nacional.
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O cabeça de lista do PS, Basílio Horta chegou mesmo a apresentar-se como o "deputado das empresas" e prometeu usar da sua "experiência na internacionalização" para apresentar propostas no Parlamento que melhorassem "as condições de competitividade da indústria" por forma a estimular as exportações.
Porém, a sua passagem pela Assembleia da República foi curta - candidatou-se logo de seguida à Câmara de Sintra, que hoje lidera -, o que lhe deixou apenas tempo para propor a redução da taxa do IVA para a restauração (rejeitada) e recomendar ao Governo que promovesse a criação de condições para os empresários das comunidades investirem em Portugal e ajudarem à internacionalização da economia portuguesa, o que também foi rejeitado.
Teresa Morais, cabeça de lista do PSD, passou de imediato para o Governo, ao ser empossada secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade. Já Assunção Cristas, única deputada eleita pelo CDS/PP, assumiu a pasta da Agricultura, mas deu seguimento a algumas das suas propostas, criando uma "Estratégia Nacional para o Mar" e um programa de internacionalização do setor agroalimentar.
Embora mais falados durante a campanha pelos partidos mais à esquerda, como o Bloco de Esquerda e a CDU - que não elegeram nenhum deputado -, os temas crónicos da requalificação da Linha do Oeste, da abertura ao tráfego civil da Base Aérea de Monte Real e a despoluição suinícola da bacia hidrográfica do rio Lis continuam à espera de solução.