Rui Rio disse que não aceita lições de rigor financeiro de Mário Centeno e acusou o ministro das Finanças de "desplante" quando disse que a Direita pretende "gastar" o esforço dos portugueses.
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O líder do PSD refutou, esta quarta-feira, as declarações de Mário Centeno, que num comício do PS em Lisboa, na terça-feira, defendeu que a Direita quer voltar ao poder para "gastar o esforço dos portugueses numa nova temporada da série já conhecida chamada de 'choque fiscal'".
Esta quarta-feira, Rio disse que o responsável pelas contas nacionais não lhe dá "lições de rigor financeiro" e que é "quase anedótico" o PS apostar em tal tom. Aliás, o social-democrata disse que entendeu as críticas de Centeno a si próprio e não a Joaquim Sarmento, responsável pelas propostas do PSD para as finanças do país.
"Não está a atirar uma farpa ao dr. Joaquim Sarmento, está a atirar uma farpa a mim próprio, e isso revela um completo desconhecimento da política em Portugal", disse Rio, no Fórum TSF, a partir de Beja, onde começou a manhã com uma pequena arruada no centro da cidade.
"O dr. Mário Centeno chegou à política há muito pouco tempo. Pelos vistos não observou o que se passou nos últimos 20 ou 30 anos em Portugal e vir explicar-me a mim o que é pôr as contas certas e arrumar as finanças - se ele tem o desplante de o dizer a mim, se tem o desplante de o dizer a mim - não sabe o que está a dizer. Não tem noção. Ensinar-me o que é rigor financeiro?", contestou.
Para Rio, Centeno "faz isto [declarações] a partir de um partido, não deste Governo mas que esteve no Governo que levou o país à bancarrota".
"Vem ensinar quem? Isso revela da parte do PS algum desespero relativamente à forma como a campanha está a evoluir, e depois jogam aquela cartada - que pensam que é manilha. Mário Centeno não segura bem isto, e sai com uma coisa destas, a explicar-me o que é rigor financeiro, é quase anedótico", concluiu.
Na terça-feira à noite, Centeno referiu que PSD e CDS querem voltar ao poder para colher os frutos que o PS plantou. "Outros querem agora vestir o fato que desenhámos e preparámos, como se com o nosso fato todos parecessem homenzinhos. Mas não sabem nem sequer vestir esse fato", atirou.