O líder do CDS-PP afirmou, na manhã desta segunda-feira, em Braga, que o partido não vai "prescindir" das reuniões do Infarmed. Francisco Rodrigues dos Santos assumiu "estranheza" com os partidos que o querem fazer, referindo-se às últimas declarações do social-democrata Rui Rio, para quem estes encontros "começam a ter pouca utilidade".
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"Não prescindimos dessas reuniões e quero até dizer que é com alguma estranheza que constato que há partidos que pretendem prescindir delas, a menos que tenham já uma sinergia e uma articulação tão estreita e tão profunda com o Governo, quase como um espécie de um bloco central, que lhes permita obter informação por outras fontes e a considere fidedigna", referiu o líder do CDS,
Francisco Rodrigues dos Santos frisou que, em primeiro lugar, "devem ser ouvidos os especialistas para se tomar decisões políticas". E exemplificou a utilidade das reuniões com os especialistas: "Foram muito importantes estas reuniões para compreendermos que, aquele discurso de que o descontrolo de infeções de covid-19 estava a ocorrer devido ao aumento da testagem, não era rigorosamente verdade. Não é pelo facto de testar mais que, necessariamente, está a haver mais casos de infetados".
Propostas para a Educação
À porta da Escola Secundária D. Maria II, em Braga, numa ação junto de estudantes que vão aceder ao ensino superior, o líder do CDS aproveitou para lançar algumas propostas para a Educação. "O CDS propõe que seja disponibilizada informação aos jovens sobre taxa de empregabilidade real dos cursos, que haja avaliação do custo médio de vida em cada cidade, que seja dito que alojamento está colocado à sua disposição e que rede de transporte dá cobertura a cada região do país", sublinhou Francisco Rodrigues dos Santos.
O centrista criticou, também, a "incerteza" sobre o arranque do ano letivo. Sobre isto, defendeu que os alunos devem poder escolher que tipo de modelo querem para as suas aulas, à distância ou presencial, e ter "liberdade de escolha do estabelecimento de ensino".