Livre faz campanha com panfletos escritos em mirandês

Foi aprovada a criação do Instituto de Língua Mirandesa, que surgiu da proposta do Livre e que prevê o mirandês como segunda língua oficial de Portugal, e o financiamento no valor de 100 mil euros. O partido quis acolher o "tesouro nacional que importa nutrir e preservar: a língua Mirandesa" e a partir daqui formulou a proposta de lei que acabou por ser aprovada pelos deputados da Assembleia da República, em 2022.

Enteranto, o Governo devia ter avançado para a concretização deste projeto durante o ano de 2023, uma vez que constava no Orçamento de Estado desse ano, por isso, avançou o Livre, "tendo o Governo falhado no cumprimento desta norma", o partido voltou "a apresentar esta proposta, duplicando (200 mil euros) a dotação orçamental inicial do Instituto, de forma a compensar o atraso protagonizado pelo Governo".

"No final do século XX, avolumaram-se os esforços para a preservação da Língua Mirandesa, com a inclusão do ensino de Mirandês nas escolas locais e com a publicação da Convenção Ortográfica da Língua Mirandesa. A Lei 7/99, de 29 de janeiro, reconheceu os direitos linguísticos dos falantes de Mirandês, nomeadamente o direito a cultivar e promover a Língua Mirandesa enquanto património cultural, instrumento de comunicação e de reforço de identidade da Terra de Miranda. Desde então, várias iniciativas têm procurado destacar o Mirandês e o seu uso, em geral dinamizadas pelos ativistas da Língua Mirandesa, entre os quais se destaca a Associaçon de la Lhéngua i Cultura Mirandesa (ALCM)", lê-se no texto de apresentação da iniciativa.

Agora, em campanha, a caminho das legislativas para o dia 10 de março, o Livre distribuiu panfletos escritos em mirandês, em Bragança e também por Lisboa, segundo disse ao JN fonte ligada ao Livre. "A ideia é alertar as pessoas para o assunto", referiu.

Já em junho de 2023, Rui Tavares, porta-voz do Livre, numa reunião plenária sobre o tema discursou na Língua Mirandesa.