Rui Tavares rumou a Norte no terceiro dia da campanha e está em visita, esta manhã, ao CEiiA e ao CiiMar, centros de investigação e tecnologia, em Matosinhos, propôr para o país uma Agência de Inteligência Artificial e um Centro Nacional de Transferência de Conhecimentos.
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O porta-voz do Livre chegou logo pela fresca da manhã, vindo de Lisboa, ao CeiiA, um centro de investigação tecnológica, em Matosinhos e deixou-se surpreender pelas novidades das descobertas portuguesas.
Os anfitriões, Helena Silva e Miguel Braga, da direção do pólo tecnológico, deram a conhecer a Rui Tavares que estão a ultimar preparativos para colocar no Espaço satélites portugueses operados pela Geosat. "O país tem que acreditar que é capaz", exclamaram os diretores, fazendo nascer um sorriso na cara de Rui Tavares que fazia a ponte deste acontecimento com os pontos essenciais do seu progama eleitoral.
"É preciso fazer alastrar estas questões da economia do conhecimento que não beneficiam apenas cientistas, profissionais de pontas, engenheiros, e por aí fora, mesmo uma empresa como esta, quem tenha que apertar as máquinas, apontar os rebites, mas depois, os satélites que daqui vão lá para cima, ajudam a conhecer o nosso solo e nosso mar e ajudam no terreno agricultores e pescadores", explicou o porta-voz, acompanhado por uma pequena comitiva e dos dois cabeça-lista pelo Porto, Jorge Pinto e Filipa Pinto.
"Inovações saem daqui e ajudam as empresas têxteis, por exemplo, a reter o conhecimento", para isso "precisamos de uma política nacional que não produza medo", que seja "capaz de produzir esperança e capacidade de fazer", acrescentou, rematando que "é a ação que traz a esperança".
O que o Livre sugere "é um centro de conhecimento que ponha em contacto o que se faz aqui (nos centros tecnológicos), nas universidades e as pessoas que estão no terreno. Significa termos equipas multidisciplinares, one podem estar cientistas, investigadores, das ciências exatas e humanas, pessoas que conhecem as comunidades, e sabem como nessas comunidades se transfere o conhecimento, pessoas da comunicação. E o que todas as semanas o que vão fazer é pôr em contacto projetos, descobertas, necessidades de empresas, não só das grandes, mas muito em particular das pequenas, das comunidades locais, associações, câmaras, corporativas que se faz dos cientistas para a população local e recolha de conhecimento".
E parte para um exemplo: "Há muito conhecimento que se está perder de produtos agrícolas que às vezes sem sabermos são produtos muito caros de valor acrescentado. Esses produtos esquecemo-nos como os produzir. Mas aqui produzem-se as imagens de satélite muito definidas ao nivel do metro quadrado de solo que nos dizem onde determinada espécie está doente, onde está nascer uma praga e podemos evitá-la sem encharcar um terreno com pesticidas perigosos. Tudo isto se pode trabahar em conjunto num pais da dimensão de Portugal e acrescentar valor ao nosso país.
Com isto, Rui Tavares quer deixar de ser um país do "quase lá". "Estamos quase lá", defende o líder do Livre "em vários temas", mas temos de deixar "a política do desânimo, da descrença, e podemos fazer isto, de deixar o quase lá com mais deputados do Livre, não individualmente, e sempre em rede". "Não podemos ter medo uns dos outros e temos uma política que nos faz quer que temos de ter medo da imigração, e no entanto, temos aqui (CEiiA) turcos a trabalhar com portugueses para lançar satélites portugueses", finalizou.
A caravana do Livre segue à tarde para Braga, onde estará reunido com a Comissão de Utentes de Transportes do Alto Minho e com Mário Meireles da "Braga Ciclável", com a presença de Teresa Mota e Luís Lisboa, cabeças de lista do partido por Braga.
Pelas 20 horas, Rui Tavares regressa ao Porto para marcar presença no Orfeão do Porto para apresentar o programa do Livre sobre a cultura com vários convidados do setor das artes.