A ministra da Saúde, Marta Temido, informou este domingo que, na análise de uma amostra de 2958 casos confirmados de infeção, entre os dias 18 e 24 de abril, o local de coabitação foi "o principal contexto de transmissão" do vírus.
Corpo do artigo
12118672
"Isto mostra-nos que, quem está em casa infetado, precisa de ter cuidados especiais", sublinhou na conferência de imprensa diária.
De frisar também que, da referida amostra, 25% dos casos estiveram associados a "situações de surto": transmissão da doença em lares, hostels e numa empresa. Apenas em 9% das situações houve "transmissão social", nomeadamente em contacto com amigos.
12096062
Face aos dados comunicados, Marta Temido aproveitou para deixar um apelo. "Que ninguém baixe as medidas de contenção. Precisamos de continuar a garanti-las", defendeu, recordando que "a doença não está ultrapassada".
Maior incidência da infeção entre 23 e 25 de março
A ministra da Saúde realçou ainda que se continua a estimar que a maior incidência da infeção tenha ocorrido entre os dias 23 e 25 de março.
No entanto, realça que "não haverá um regresso à normalidade tal como a conhecíamos até haver uma vacina", razão pela qual "é necessário continuarmos a cumprir as medidas de distanciamento social".
A média de infetados por cada doente subiu de 0,95% para 1,04% no país, em função do tempo. "Olhando para o período de 16 a 20 de abril, este risco de transmissão ao longo do tempo subiu um bocadinho", referiu a ministra.
Novo apelo à vacinação
Também presente na conferência de imprensa, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, aproveitou para voltar a apelar aos portugueses que não deixem de vacinar os filhos para que o país não venha a ter de enfrentar "novos surtos".