A empresa Móveis Carla reabre amanhã a sua loja principal com 2700m2 em Viana do Castelo, com uma autorização da Câmara Municipal, após dois meses de encerramento forçado pela pandemia.
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Dedicada aos setores do mobiliário e decoração, possui ainda mais três lojas: uma em Barcelos, que para já vai permanecer encerrada; outra em Valença, que reabre também amanhã, mas apenas um dos pisos; e ainda a loja de Paris, que reabriu ao público na segunda-feira, 11 de maio. Todas higienizadas e com desinfetante para as mãos e máscaras para os clientes que não possuam, colocados estrategicamente à entrada.
Na loja de Viana, cuja autorização de reabertura foi concedida sexta-feira pela Autarquia, os 16 trabalhadores (vendas, escritório e entregas) vão regressar ao trabalho divididos em duas equipas fixas, uma para de manhã, outra para a tarde, de forma "a não se cruzarem". O distanciamento entre os vendedores e os clientes - apenas quatro de cada vez dentro da loja - também será uma pratica a implementar. "Clientes sem máscara não atendemos. Tem de ser. Tenho de dar segurança aos meus colaboradores. Há riscos e isso é ponto assente. Se por qualquer motivo as pessoas não tiverem máscara, nós fornecemos", diz Domingos Silva, o proprietário da empresa, admitindo que "equilibrar saúde e economia não é fácil", mas é urgente retomar a atividade para poder fazer face aos compromissos, depois da "interrupção abrupta".
A primeira loja do grupo foi a de Paris, mas o movimento está longe do que era antes da pandemia. "Lá as pessoas não circulam. Estão mais assustadas do que nós. A loja está localizada num "retail" e não há clientes. As pessoas continuam confinadas", conta Domingos Silva, descrevendo um cenário de problemas em França. "Temos os nossos armazéns lotados e mais dois camiões carregados. Nas últimas entregas, os clientes não receberam. Negaram-se a abrir a porta. As mercadorias estão lá não sabemos até quando", disse.
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Além de Portugal e França, a empresa trabalha ainda com países como Angola, Cabo Verde e na Europa, com Luxemburgo e Suíça.
A reabertura da loja, que nasceu em Viana do Castelo em 1974 com 200 m2 e encerrou forçada a 17 de março 2020, acontece agora com expectativa quase a zero. "Vamos ver qual é o "feedback". Deus queira que me engane, mas acho que o início vai ser um bocado atrapalhado. As pessoas não vão vir como era normal. Vai levar o seu tempo a normalizar", diz, admitindo que nunca lhe passou pela cabeça ter de fechar "de um momento para o outro".