Os lotes de autotestes para despistar a covid-19, vendidos na Irlanda e que levaram ao surgimento de 550 casos de falsos positivos, não foram vendidos em Portugal. O Infarmed esclarece que, até hoje, apenas foram reportados sete casos de falsos positivos num universo de cerca de sete milhões de autotestes.
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Em causa, está o facto de a Irlanda ter desaconselhado a venda e utilização dos autotestes da empresa "Genrui Biotech", após várias pessoas se terem queixado que os testes tinham dado falsos positivos.
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"O fabricante Genrui Biotech informou o Infarmed de que os lotes comercializados na Irlanda não foram comercializados em Portugal", revelou o Infarmed, em comunicado.
A autoridade nacional do medicamento esclareceu ainda que, em Portugal, até hoje, apenas foram recebidas "sete notificações de casos de falsos positivos, num universo de cerca de sete milhões de autotestes, reportados pelo fabricante como tendo sido fornecidos ao mercado nacional". Recordou também que as orientações em Portugal determinam que todos os resultados positivos obtidos com autotestes devem ser reportados e confirmados por um teste PCR.
"Os dados de que o Infarmed dispõe não evidenciam, neste momento, um risco relevante para a saúde pública", refere o Infarmed, garantindo estar "em contacto com as suas congéneres europeias", bem como com o fabricante do autoteste, para "reunir toda a informação relevante, de forma a melhor poder avaliar a situação, nomeadamente notificações recebidas pelas restantes autoridades europeias".
"O Infarmed teve conhecimento que na Irlanda foram recebidos cerca de 550 relatórios de incidentes sobre resultados de falsos positivos, obtidos com os autotestes SARS-CoV-2 Antigen Test Kit (Colloidal Gold) do fabricante Genrui Biotech In. Neste sentido, estes testes estão a ser recolhidos voluntariamente nesse país, não tendo a Irlanda adotado ainda nenhuma medida regulamentar", lê-se na nota do Infarmed.