Inoculações a alunos entre os 12 e os 15 anos na região autónoma começam na segunda semana de setembro.
Corpo do artigo
A Região Autónoma da Madeira vai começar a inocular as crianças entre os 12 e os 15 anos de idade na segunda quinzena de setembro, para coincidir com a abertura do próximo ano letivo na região apontada para o dia 15 desse mês.
Em declarações aos jornalistas, o secretário Regional da Saúde, Pedro Ramos, explicou esta segunda-feira que a decisão se prende com a variante delta (associada à Índia) ter maior transmissibilidade "nos escalões etários mais novos porque não estão vacinados". Está prevista a vacinação de 20 mil crianças.
O anúncio surgiu antes de a Direção-Geral da Saúde (DGS) se pronunciar sobre esta possibilidade, no âmbito do grupo de trabalho criado para analisar a vacinação dos jovens a partir dos 12 anos. Questionada pelo JN, a DGS não comentou a questão.
Pedro Ramos sublinhou que "a Madeira vai seguir a recomendação da Agência Europeia do Medicamento" (EMA) que, desde maio, permite a imunização dos mais novos apenas com uma das vacinas (Pfizer).
O responsável prosseguiu que a vacinação dos alunos será "um mecanismo articulado com a Secretaria Regional da Educação", tal como aconteceu com a testagem dos docentes no ano passado e já em 2021 dos alunos a partir dos 12 anos. Um "processo que já tem alguma mecanização e que não trará nenhum obstáculo", garantiu.
Já a vacinação dos alunos universitários arranca ainda durante este mês de julho. "Está tudo a ser canalizado através do SESARAM e vão ser vacinados todos os alunos que estão na universidade aqui na região, aqueles que são da Madeira e que estão a estudar no continente e aqueles que vão entrar na faculdade este ano".
Mais vacinas permitidas
A Madeira, através de uma resolução do Governo Regional, aumentou também o leque de vacinas que permitem a entrada de estrangeiros no território. Além das que são dadas no país (Pfizer, Moderna AstraZeneca e Janssen) juntam-se as da SinoPharm ou Sinovac (da China), Covaxin (Índia), Epivaccorona (Rússia) ou a Soberana (Cuba)
"Já estão a ser utilizadas em muito países. Fazem parte das 14 vacinas que são recomendadas e aprovadas pela Organização Mundial de Saúde, que é o organismo máximo da saúde", disse. Em declarações anteriores, Pedro Ramos lembrou que parte dos emigrantes que regressam no verão podem ter tomado algumas das novas vacinas.
Esta situação não será aceite no continente, conforme frisou no final de junho a secretária de Estado das Comunidades Portuguesas Berta Nunes.
O JN questionou o Governo sobre este assunto mas não obteve resposta.