Uma petição contra o modelo de avaliação Maia foi entregue no Parlamento com 13 166 assinaturas. A ação lançada por uma professora de Matemática pretende suspender o projeto e o financiamento da formação aos docentes. Os peticionários dizem que este modelo de avaliação é excessivamente burocrático e incentiva o facilitismo.
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O objetivo, lê-se no texto entregue no Parlamento, é que a petição seja debatida e aprovada uma recomendação ao Governo "urgente e inadiável de combate à burocracia" para melhorar o funcionamento das escolas.
As escolas aderem de forma voluntária ao projeto Maia, que é aplicado desde 2019 e foi coordenado pelo atual presidente do Conselho Nacional de Educação, Domingos Fernandes.
"Mascarar o insucesso"
Dália Aparício, que lançou a petição, critica o projeto por "inflacionar o sucesso, diminuir as retenções mas não melhorar as aprendizagens". "A escola está a mascarar o insucesso", afirma, acusando o projeto de promover o "facilitismo".
A professora de Viseu garante que este modelo também é "excessivamente burocrático".
"Queremos libertar a escola das formas de opressão burocrática que são comprovadamente inúteis", defendem no texto, pedindo "tempo" para os professores prepararem as aulas e ensinarem. Em declarações ao JN, após o lançamento da petição, a professora garantiu que "triplicou o trabalho burocrático". " Este método de avaliação implica a elaboração de grelhas de observação e de avaliação extremamente extensas e complexas. O professor tem de estar sistematicamente a avaliar e fazer registos de avaliação", diz.