Este ano, há mais de 148 mil alunos inscritos nos exames - são menos três do que no ano passado e a maioria (57%) respondeu nos impressos de matrícula que não será candidato ao Ensino Superior. Comparativamente, no ano passado, a percentagem dos que se queria candidatar era de 59% do total de inscritos - 90141, mais 26416 dos que os 63725 (43%) deste ano.
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Os alunos do 11.º e 12.º que vão fazer exames este ano, recorde-se, terminam as aulas na terça-feira, dia 7, tal como os do 9.º ano que vão fazer provas de diagnóstico a Português e Matemática.
De acordo com os dados estatísticos do Júri Nacional de Exames, divulgados ontem pelo Ministério da Educação, o número dos que vão fazer pelo menos um exame para tentar melhorar a nota da prova do ano passado ou da classificação interna à disciplina subiu quase para o dobro, de 17626 para 31912 (que este ano representa 21% do total de inscritos quando em 2021 eram 12%).
O número de alunos que só vai fazer exames para acesso ao Ensino Superior é de quase 110 mil (74% do total de inscritos, em 2021 eram 81%).
Revisão do regime
Este ano, recorde-se, mantém-se as mesmas regras aplicadas aos exames desde 2020. Isto é, as provas não contam para a média do Secundário mas apenas para o ingresso ao Ensino Superior. E as provas têm um leque de perguntas opcionais em que só as melhores contam para a classificação.
O programa do Governo abre a porta à revisão do regime de acesso ao prever a possibilidade de separação da conclusão do Secundário do ingresso ao Superior. À Comissão Nacional de Acesso ao Ensino Superior ainda não foi pedido nenhum parecer sobre esse novo modelo. "Esse processo de revisão ainda não começou", confirmou o presidente da CNAES, Fontainhas Fernandes.
O ministro da Educação admitiu, em entrevista ao Expresso, estar a avaliar tornar definitivo o modelo que tem sido aplicado. A inflação de notas tem de ser acautelada, sublinhou João Costa. "A boa notícia é que nestes dois anos não assistimos a comportamentos desviantes", frisou.
Provas com mais inscritos
Os exames com mais alunos inscritos mantém-se: Português e Matemática A (do 12.), Biologia e Geologia e Física e Química (11.). As quatro provas registam perda de matriculados em relação ao ano passado. Por exemplo, a Matemática A estão inscritos menos 12369 do que em 2021. E a Português são menos cerca de 10 mil alunos.
A primeira época de exames arranca dia 17 de junho com as três provas de Português do 12.º e a de Mandarim do 11.º ano. A primeira fase termina a 6 de junho com Geometria Descritiva e História B. Matemática A está agenda para 30 de junho, Biologia para dia 21 e Física e Química para 27. As pautas são afixadas a 19 de julho.