
Maior grupo em PLNM são alunos de nacionalidade portuguesa, filhos de imigrantes
Foto: Carlos Carneiro
Mais de 80% dos alunos estrangeiros inscritos em escolas básicas e secundárias não têm acesso a Português Língua Não Materna (PLNM). A sua integração é um dos principais desafios colocados ao sistema de ensino e a oferta da disciplina, alerta o Conselho Nacional de Educação (CNE), está "muito aquém das necessidades".
De acordo com o relatório Estado da Educação 2024, divulgado esta terça-feira, no ano letivo 2023/2024, as escolas receberam 174 126 alunos estrangeiros, mais 31 366 do que no ano anterior. Destes, 9,5% estavam inscritos no Pré-Escolar e cerca de metade dos restantes, na escolaridade obrigatória, eram brasileiros que, pelas regras, não têm acesso direto a PLNM. Assim, sem contar com estes dois grupos e tendo em conta apenas os inscritos em escolas públicas do Continente, de 70 066 alunos (55 827 inscritos no Básico e 14 239 no Secundário), apenas 12 601 (10 638 no Básico e 1963 no Secundário), ou seja, 18%, tinham PLNM. O que significa que ficaram de fora mais de 57 mil alunos (82%).

