Fenprof estima, com base no número de horários por preencher em oferta de escola, que esta segunda-feira mais de 92 mil alunos não tenham todos os professores. Há turmas, garante Mário Nogueira, sem aulas a seis disciplinas.
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A federação relança esta segunda-feira o contador de alunos sem professores. Nogueira assegura que o ano está a começar “mal”, pior que os anteriores porque a falta de professores se agravou.
Há escolas, apontou, como em Lisboa, Sintra ou Odemira onde ainda faltam mais de 20 professores. Há docentes de História com dez turmas de diferentes anos de escolaridade e professores de TIC com mais de 400 alunos. E a situação, assegura o líder da Fenprof, vai piorar com as aposentações previstas até 31 de dezembro e a entrada de baixas que tradicionalmente dispara no arranque das aulas.
Hoje, a Fenprof também lançou um simulador para os professores calcularem “o roubo” do tempo de serviço no vencimento. Na conferência de imprensa, na sede, junto de Mário Nogueira, estavam os dois secretários- gerais adjuntos que serviram de exemplo. José Feliciano Costa, com 30 anos de serviço, está no 5.º escalão e não no 9.º pelo que mensalmente perde 986 euros, “quase 14 mil por ano”. Francisco Gonçalves, tem 28 anos de serviço, está no 4.º escalão em vez de no 8.º e perde 755 euros por mês.