A revelação foi feita esta quarta-feira, no Parlamento, pelo ministro da Educação, Ciência e Inovação: no final da semana passada estavam por preencher 1240 horários; em 480 faltava colocar, pelo menos, um professor; e em 12 estavam por ocupar mais de 10 horários. Fernando Alexandre voltou a garantir que os lugares vagos não significam que todos esses alunos não tenham aulas.
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Num universo de 810 agrupamentos e de cerca de 128 mil professores, "é natural que haja sempre horários por preencher". "Crucial é a rapidez para os preencher", frisou Fernando Alexandre, na Comissão de Orçamento e Finanças sobre o Orçamento do Estado para a Educação, Ciência e Ensino Superior.
O ministro voltou a insistir que a falta de professores, sendo um dos problemas mais graves do sistema de ensino, está sobretudo concentrada nas regiões de Lisboa, Setúbal e Algarve. Por isso, o Governo voltou a abrir, pelo segundo ano, um concurso de vinculação extraordinário nos quadros de zona pedagógica do Sul do país com 1800 vagas, mais de metade na zona da Grande Lisboa.
A nota explicativa do Orçamento (disponibiliza só na terça-feira à noite na página do Parlamento) esclarece que estão previstos mais de 137 milhões de euros para medidas do plano "Mais Aulas, Mais Sucesso", que pretende contrariar a falta de professores: 15,1 milhões para a atribuição de horas extraordinárias aos docentes; 56 milhões para o concurso de vinculação; 24,3 milhões para pagar o incentivo remuneratório aos professores que aceitarem adiar a aposentação; 23 milhões para pagar o suplemento à deslocação a todos os docentes colocados a mais de 70 quilómetros de casa; 11,7 milhões para as bolsas dos estudantes inscritos em cursos que conferem a habilitação para a docência; cinco milhões para pagar as 2500 bolsas aos alunos em licenciaturas e mestrados em Ensino; e 2,8 milhões para o suplemento dos orientadores de docentes estagiários.
Na intervenção inicial, o ministro sublinhou que o Orçamento da Educação será reforçado em mais 325 milhões de euros (mais 5%) em relação à estiamtiva de execução em 2025, o que representa "uma forte aposta" do Governo no setor.
