Evento que prevê a presença de um milhão e meio de jovens com reforço de verbas.
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O Governo vai pagar a instalação e o funcionamento do centro de reconciliação e da feira das vocações nas Jornadas Mundiais da Juventude. No evento, a realizar em Lisboa, em agosto de 2023, são esperados um milhão e meio de jovens e, na segunda-feira, José Luís Carneiro, o ministro da Administração Interna, admitiu reativar o controlo de fronteiras.
"Pode ser necessário repor o controlo de fronteiras por razões circunscritas e determinadas no tempo", frisou o governante que está a analisar o assunto com o seu congénere espanhol.
No Conselho de Ministros da passada quinta-feira, foram disponibilizados mais 20 milhões de euros para a organização do evento, perfazendo um total de 36,5 milhões anunciados pelo Governo.
A par das duas obras - centro de reconciliação e feira das vocações -, caberão à estrutura de missão, criada pelo Governo e liderada por José Sá Fernandes, responsabilidades como "a distribuição de água, a disponibilização de bens e serviços multimédia, as instalações sanitárias para o recinto central", bem como a "aquisição de outros equipamentos necessários à organização" das diferentes iniciativas da JMJ.
A distribuição de água, por exemplo, será feita através da instalação de fontes em toda a cidade para que os participantes nas jornadas possam encher as garrafas reutilizáveis que serão doadas pela organização.
O reforço de verba decidido pelo Conselho de Ministros, de acordo com o jornal digital "Sete Margens", não inclui ainda os "custos com segurança, mobilidade e saúde", entre outros fatores, tendo em conta o desconhecimento do número total de participantes.
A pouco mais de nove meses do encontro com o Papa em Lisboa, estão a ser discutidas as questões logísticas para a vinda a Portugal das centenas de milhares de participantes que são esperados em agosto do próximo ano.
Recuo da Câmara
O aumento do apoio financeiro terá tido em conta também o recuo da Câmara Municipal de Lisboa. No verão, o Executivo municipal manifestou indisponibilidade para assumir várias despesas com o argumento de que a Câmara não é a promotora da iniciativa. De acordo com Carlos Moedas, autarca lisboeta, a previsão é que o município possa vir a gastar até 35 milhões de euros.
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Custo de 235 euros
É o preço de uma semana com alimentação, alojamento, transportes, seguro e Kit JMJ. Apenas o fim de semana com o Papa, com tudo incluído, custará 125 euros. Para os voluntários a inscrição custará 145 euros.
Inscrições sem data
A data de abertura das inscrições para a jornada não foi ainda confirmada, mas será ao final deste mês. Esta semana ficarão definidos outros valores, prevendo-se que no total haja 20 pacotes diferenciados para os jovens escolherem.