
Marcelo Rebelo de Sousa
Gonçalo Delgado
O presidente da República afirmou ter aceitado "naturalmente" o nome de Manuel Pizarro para novo ministro da Saúde. Marcelo Rebelo de Sousa também considerou que o Governo tem dado "passos" no sentido daquilo que ele próprio gostaria que o SNS se tornasse: um sistema "mais independente" do Executivo e gerido de forma "mais isenta".
"Naturalmente que aceitei a proposta do sr. primeiro-ministro", referiu o chefe de Estado, que esta sexta-feira termina a sua visita ao Brasil. Marcelo revelou que António Costa lhe deu a conhecer a decisão de indicar Pizarro "hoje, quase ao fim da manhã".
O presidente salientou que ainda não conhece o diploma que regulamenta a direção executiva do SNS, aprovado na quinta-feira pelo Governo. No entanto, revelou algum otimismo: "Parece que há passos no sentido daquilo que foi a minha opinião sobre a matéria", frisou.
Marcelo, recorde-se, já tinha afirmado recentemente que o SNS deveria ter maior autonomia face ao Governo. Agora, voltou a recordar que o sistema público de saúde deve basear-se numa "separação clara entre as decisões políticas ao nível de ministro e ministério" e na "gestão mais independente, mais autónoma, mais - se quiser - isenta, através de outra instituição que não diretamente o ministério".
"Vamos ver, ainda não vi o diploma. Mas tudo indica que é uma solução que evolui para uma posição próxima daquela que eu tinha defendido", vincou o chefe de Estado, acrescentando ter sido "nesse quadro" que interpretou a escolha de Pizarro para a Saúde.
