Marcelo Rebelo de Sousa anunciou que está a preparar uma visita a Moçambique até ao final do do ano.
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Em declarações à RTP, Marcelo Rebelo de Sousa assumiu o desejo de visitar Moçambique "até ao final do ano". O presidente da República já tinha manifestado a intenção de visitar o país e particularmente as zonas mais afetadas pelo ciclone Idai, que terá feito pelo menos 468 mortos, sendo que o número de desaparecidos continua por apurar.
A viagem acontecerá depois de o presidente moçambicano, Nyusi, "entender que há condições para isso". "Eu, assim o presidente Nyusi venha a concordar comigo e entender que há condições para isso, gostaria de, no final do ano, correspondendo a um convite que já me formulou há vários anos, ir a Moçambique para, nessa nova fase da reconstrução, poder testemunhar o que é o recomeçar da vida de milhares e milhares de irmãos nossos", anunciou Marcelo.
Já na segunda-feira, Marcelo recebeu alguns dos cidadãos portugueses repatriados de Moçambique. "O presidente da República recebeu esta tarde em Belém alguns dos compatriotas repatriados de Moçambique, assim querendo também assinalar a intervenção das entidades portuguesas, nomeadamente as Forças Armadas, em solidariedade com as vítimas do tufão e inundações", referia uma nota publicada no site da presidência.
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A concretizar-se esta será a terceira viagem de Marcelo Rebelo de Sousa a território moçambicano. Em 2016, o presidente português visitou aquele país tendo mesmo recebido a chave da cidade de Maputo.
A passagem do ciclone Idai em Moçambique, no Zimbabué e no Maláui fez pelo menos 786 mortos e afetou 2,9 milhões de pessoas nos três países, segundo dados das agências das Nações Unidas.
Moçambique foi o país mais afetado, com 468 mortos e 1522 feridos já contabilizados pelas autoridades moçambicanas, que dão ainda conta de mais de 127 mil pessoas a viverem em 154 centros de acolhimento, sobretudo na região da Beira, a mais atingida.
As autoridades moçambicanas adiantaram que o ciclone afetou cerca de 800 mil pessoas no país, mas as Nações Unidas estimam que 1,8 milhões precisam de assistência humanitária urgente.
O número de pessoas salvas subiu de 127.626, registado na terça-feira, para 135.827, que estão em 161 centros de acolhimento.
Os abrigos e bens não alimentares chegam a 28.146 famílias, um aumento de cerca de 3700 famílias beneficiadas.