Os portugueses têm "em novembro um novo teste" para "evitar um dezembro agravado" e "restrições mais drásticas", alertou Marcelo Rebelo de Sousa.
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Após assinar o decreto do segundo estado de emergência no país devido à pandemia de covid-19, "que conheceu no último mês e meio uma evolução negativa e muito rápida que importa conter", Marcelo Rebelo de Sausa apelou ao esforço de todos os portugueses numa declaração em direto a partir de Belém.
As semanas que se seguem têm de ser de esforço coletivo
Considerou que, passados oito meses de pandemia, o país "tem em novembro um teste essencial" e "as semanas que se seguem têm de ser de esforço coletivo, de contenção da subida inquietante dos números de internados" para "evitarmos todos um dezembro agravado e com isso restrições mais drásticas para todos nós indesejáveis".
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Neste sentido, Marcelo adiantou que o estado de emergência "será reavaliado no final de novembro, no seu âmbito e no seu conteúdo".
O presidente da República quis salientar a "ampla convergência entre o presidente da República, Assembleia da República, Governo, partidos e parceiros sociais" e "uma maioria parlamentar de 84% favorável ao estado de emergência e de 94% que não se lhe opôs" o que demonstra que os portugueses "sentem que devem continuar unidos nos momentos essenciais".
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Defendeu ainda que "é um estado de emergência muito limitado e largamente preventivo", "sem confinamentos compulsivos" e "porque se concentra na prevenção do crescimento da pandemia". E neste âmbito referiu que "permite alargar o rastreio", "abre a novas medidas como a limitação de circulação em certas horas e dias em municípios de mais alto risco" e "apela a maior articulação, preferencialmente com acordo e sempre com justa compensação, entre os Serviço Nacional de Saúde e os setores privado e social ou cooperativo".
Por fim, falou em "compromisso" para "se acelerar o investimento na saúde e em particular nos seus heroicos profissionais" e também em "confiança" para "tentar garantir a todos, doentes covid e não covid, o direito à vida e à saúde".
"Um desafio que não acaba neste mês de novembro, nem em dezembro, nem muito provavelmente nos primeiros meses de 2021 mas que tem em novembro, de novo, um teste essencial", defendeu o presidente da República.
"Novembro é mais um teste à nossa contenção, à nossa serenidade, à nossa resistência que vamos viver solidários e determinados", apontou o chefe de Estado.
O parlamento aprovou, esta sexta-feira, o decreto do presidente da República que estabelece um novo período de estado de emergência, entre 9 e 23 de novembro.
Esta sexta-feira, Portugal registou 5550 casos de covid-19, o valor diário de infetados mais elevado desde o início da pandemia, e 52 óbitos, o segundo pior número de mortes devido ao novo coronavírus. O número de internados também bate recordes - 2425, dos quais 340 em cuidados intensivos.
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