O presidente da República elogiou o resultado "provisório" do défice e afirmou que "o otimismo" do primeiro-ministro, António Costa, parece mostrar que ele sabe mais coisas do que nós".
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"Ainda vamos no défice de nove meses. Mas o otimismo do primeiro-ministro parece mostrar que ele sabe mais coisas do que nós sabemos e que espera ainda melhor do que o défice de setembro, porque ele fala num défice inferior a 2,5%. Eu, realisticamente, falei sempre em 2,5%", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
"Aparentemente, pode acontecer que esse otimismo justifique um défice até ligeiramente inferior a 2,5%. Mas, para já, 2,5% é aquilo que a Comissão Europeia acha ser fundamental e é aquilo que corresponde a um caminho de rigor financeiro e que também considero fundamental e os portugueses consideram", afirmou.
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O défice orçamental das administrações públicas fixou-se em 3405,6 milhões de euros até setembro, ou seja, 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O presidente defendeu que o resultado é "muito importante" porque há nove meses "as pessoas profetizavam que nunca se chegaria" ao valor atual.
Marcelo Rebelo de Sousa considera que o défice resulta, "por um lado, um crescimento da economia superior na parte final do ano do que foi no começo, e, por outro lado, de uma contração apreciável de despesas investimento".
A meta do Governo para a totalidade do ano é de 2,4% do PIB, e a meta fixada por Bruxelas é de 2,5% do PIB.