Marcelo elogia ministro da Cultura e relativiza situação no aeroporto de Lisboa
O presidente da República elogiou esta segunda-feira o ministro da Cultura, considerando que "começou por onde devia", e relativizou a situação no aeroporto de Lisboa, dizendo que está a haver problemas nos aeroportos "por todo o mundo".
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Marcelo Rebelo de Sousa falava depois de uma visita ao Museu de Arte Contemporânea (MAC) da Universidade de São Paulo, em que esteve acompanhado pelo ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, e pelo secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Francisco André.
Questionado sobre o orçamento português para a Cultura, o chefe de Estado considerou que o ministro Pedro Adão e Silva, que assumiu funções há três meses, "começou por onde devia começar: repensar a estrutura do ministério e a forma de abordagem do Estado em relação à cultura, uma nova perspetiva".
"É uma pessoa jovem, que vê de fora, bom analista da sociedade portuguesa e, portanto, vê como é que se deve encarar a cultura. Vi que se dá bem com os protagonistas da cultura, aqui concretamente os escritores", acrescentou, referindo-se à visita que fizeram no domingo à Bienal do Livro de São Paulo.
O Presidente da República manifestou a certeza de que Pedro Adão e Silva "defenderá bem a sua dama naquela defesa que é sempre muito complicada com os sucessivos ministros das Finanças para ir não só fazendo subir o bolo como encontrando formas virtuosas de utilizar o bolo de maneira mais criativa".
Interrogado sobre a situação no aeroporto de Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu que "os aeroportos estão um pouco por toda a parte um caos".
"Há vários aeroportos europeus que estão um caos, perda de bagagem e tal. Há cancelamentos de 800 aviões nos Estados Unidos da América. Há aqui um problema complicadíssimo, de facto, no funcionamento dos aeroportos, e que se repercute depois nas ligações agora que o turismo cresce e a circulação também cresce", referiu.
"Portanto, não me admira. Isto não serve de desculpa para não estarmos preocupados com o que possa acontecer em Portugal. Mas, infelizmente, depois da pandemia, as entidades gestoras dos aeroportos ainda não conseguiram encontrar uma recuperação, mesmo em termos de funcionamento de pessoal, para o ritmo de subida que está a existir e não era esperado, um pouco por toda a Europa e por todo o mundo", prosseguiu.
Marcelo Rebelo de Sousa ressalvou que esta situação também "acontece certamente em Portugal", e afeta as ligações ao Brasil e a outros destinos, mas reiterou que "está a acontecer um pouco por todo o mundo".