O chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, pediu, este sábado, que não se "inquine" a visita do presidente do Brasil com questões menores.
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O chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, pediu hoje que não se "inquine" a visita do presidente do Brasil com questões menores, considerando que mais importante do que a forma como Lula da Silva vai estar no Parlamento são as relações entre os dois países e a dimensão da comunidade brasileira em Portugal. Já PCP e BE encaram com bons olhos que Lula da Silva discurse na sessão solene do 25 de Abril, apesar dos protestos do PSD, do Chega e da IL.
"O ponto é ele ser bem recebido e correr muito bem a visita", vincou Marcelo Rebelo de Sousa, lembrando que são 400 mil os brasileiros a viver em Portugal e a importância das relações entre os dois países.
"Qualquer solução da Assembleia da República é uma boa solução", disse o presidente da República, fazendo um apelo: "no respeito pela separação de poderes": "O que, no fundo, pediria, é que independentemente do que as pessoas pensam, se gostam ou desgostam de Lula da Silva, não se inquine a visita".
"A vinda de Lula da Silva é uma boa notícia, que discurse no 25 de Abril, parece-me ótimo, mas tem de ser uma decisão do Parlamento", defendeu a coordenadora do BE, não vendo qualquer problema que o presidente brasileiro discurse na sessão solene do 25 de Abril.
"A sua participação numa sessão solene na Assembleia da República, dentro dos critérios definidos, faz todo o sentido, seja numa sessão solene específica, seja na sessão solene de comemoração do 25 de Abril", concorda a bancada do PCP.