O presidente da República apelou, esta terça-feira, a que o líder do Chega e o presidente da Assembleia da República procurem evitar "uma radicalização de posições". À saída de Belém, Marcelo Rebelo de Sousa recusou comentar as declarações de André Ventura, que mencionou um possível "escalar de conflito físico, verbal e político" no Parlamento.
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"A pior coisa que podia existir neste momento, em que vamos entrar no mês de Agosto, era uma radicalização de posições e haver um beco sem saída", afirmou o chefe de Estado, após ter recebido Ventura.
"Quem pagaria a fatura seriam os portugueses, e isso - em todas as situações mas, nomeadamente, no período de Verão -, é uma situação a evitar", acrescentou.
Marcelo apelou "à aproximação de posições entre as duas partes", alegando que "qualquer outra solução, de um lado ou de outro, é uma má solução".
Sobre as declarações do líder do Chega acerca de eventuais futuros conflitos físicos no Parlamento, o presidente respondeu apenas que não tem por hábito pronunciar-se "sobre problemas internos" dos órgãos de soberania. "Não vou abrir nenhuma excepção", vincou, antes de direcionar as atenções para a realidade que se vive nas urgências.
"Preocupado estou é com o problema da saúde. Esses problemas concretos é que preocupam realmente os portugueses", rematou.
Esta sexta-feira, André Ventura foi a Belém queixar-se das atitudes de Santos Silva, na sequência de alguns conflitos entre ambos no Parlamento.