“É a democracia, tanto nos períodos eleitorais como fora deles. É a vida e faz parte da democracia. Cada um tem as iniciativas que entende”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, este domingo, em Beja, sobre a possibilidade de o Chega avançar com uma ação judicial contra si.
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Falando à margem da visita à Ovibeja, o presidente da República acrescentou que “estamos a celebrar 50 da de democracia e não é tempo de criar ditaduras”.
Marcelo Rebelo de Sousa reagia à notícia avançada pela TVI de que o grupo parlamentar do Chega vai reunir-se, na segunda-feira, com juristas e professores de direito para avaliar uma possível ação criminal contra o Presidente da República por traição à pátria, tendo como base o artigo 130.º da Constituição da República Portuguesa. Em causa estão as palavras do presidente da República sobre as reparações às antigas colónias.
As estação televisiva noticia que o encontro com os juristas se realiza amanhã, fora de São Bento, ainda que a iniciativa tenha partido do Grupo Parlamentar do Chega.
Encontro com candidato da AD
O presidente da República e o candidato da Aliança Democrática (AD) às Eleições Europeias cruzaram-se ao início da tarde na Ovibeja. “Vou votar uma semana antes e apelo ao voto antecipado, por causa da ponte do dia 9 de junho”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, escusando-se a avaliar Sebastião Bugalho. “Não posso tecer comentários sobre o candidato A ou B. Depois, e porque o conheço há muito tempo e sou amigo dele, tudo o que dissesse era suspeito e prefiro não ter opinião sobre ele”, disse.
Por seu turno, o candidato da AD referiu que saiu “mais revigorado” do encontro com o presidente da República. “Com mais energia, uma energia que é contagiante e faz falta para a campanha”, disse Bugalho, comentando o apelo de Marcelo ao voto antecipado. “Fixei e registei com noção democrática de que quantos mais votarmos melhor.”