O marido da candidata única à presidência do CDS-PP, Tiago Machado da Graça, antecipa uma melhor e mais previsível vida familiar com as futuras funções de Assunção Cristas, tal como sucedeu aquando da tutela da Agricultura e do Mar.
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"É complicado, mas, se calhar, foi mais complicado na fase em que foi só deputada porque não dominava a agenda. Neste momento, será mais fácil, é mais simples. No Governo, tinha algumas [ausências em] viagens, mas sabia a que horas acabavam as coisas porque era ela que marcava as reuniões. Como deputada era mais imprevisível, tinha aqueles debates que não se sabia a que horas acabavam", descreveu num momento de convívio com militantes à porta do pavilhão multiusos de Gondomar, onde decorre o 26.º Congresso do CDS-PP.
O jurista, que tem os mesmos 41 anos da parlamentar democrata-cristã e também tem de gerir as vidas dos quatro filhos em comum, conheceu e começou a namorar a futura líder centrista aos 17 anos, ainda no Liceu Rainha D. Amélia, antes da faculdade, local onde se meteu na política, embora como militante do PSD, sendo agora "militante suspenso".
"Sinto-me normal, ela está satisfeita e entusiasmada e eu apoio. Não sei muito bem o que quer dizer isso de ser primeira-dama (risos). Não sinto nada de especial", desvalorizou Machado da Graça, achando piada ao estatuto, desta feita de géneros invertidos em relação ao habitual em personalidades com altos cargos políticos.
Em relação ao facto de ter passado a frequentar os eventos dos democratas-cristãos e não dos sociais-democratas, o futuro "primeiro-cavalheiro democrata-cristão" sente-se à vontade.
"Começo a conhecer as pessoas todas. Já é o terceiro congresso a que venho. É animado, é engraçado. Ela está satisfeita, isso é que é preciso", disse o pai de Maria do Mar (14 anos), José Maria (12 anos), Vicente (10 anos) e Maria da Luz (2 anos).