As duas eleições legislativas consecutivas levaram Luís Marques Mendes a assumir estabilidade política. O candidato a Belém comprometeu-se a “construir pontes” e fazer “entendimentos” entre o Governo e a Oposição para evitar novas crises, caso, em janeiro próximo, seja o escolhido pelos portugueses.
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Gerar mais ambição
Durante o seu discurso, Marques Mendes enumerou as “marcas” que tenciona deixar caso seja o próximo chefe de Estado, desde logo a “ambição” de fazer crescer a economia, de o país "conferir mais oportunidades aos jovens", de "fazer funcionar o elevador social", apoiar a classe média e os setores dinâmicos da sociedade, bem como a cultura e a ciência.
E desafiou: “A nossa pequenez territorial sempre foi o oposto do fracasso ou da irrelevância. É preciso voltar a ousar, sonhar, inovar e ambicionar. Se não for para ajudar a gerar mais ambição, não vale a pena ser presidente da República”.
Marques Mendes aproveitou o discurso para traçar ainda o perfil que acredita que um presidente deve ter: desde “estar mais próximo dos cidadãos”, “gostar dos portugueses e ir ao seu encontro, descentralizando e aproximando o poder dos cidadãos”.
Apesar de contar com o apoio do PSD na corrida à presidência da República, Marques Mendes deixou ainda uma palavra sobre aquela que será a sua "marca de independência e isenção".
"Os portugueses conhecem-me e sabem que em 12 anos de comentário na televisão fui sempre muito independente. Falei sempre com isenção. Criticando quando havia motivo para criticar e elogiando quando era justo elogiar. À esquerda e à direita. Honrando a verdade e sem favoritismo para ninguém", resumiu.