O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Reinaldo Teixeira, garantiu esta terça-feira em Leiria que trata o F. C. Porto "com o carinho" com que trata todos os clubes que integram om organismo.
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Na apresentação da próxima edição da Taça da Liga de futebol, Reinaldo Teixeira respondeu a críticas do presidente dos "dragões", André Villas-Boas, que, na revista "Dragões", a propósito do reagendamento do Arouca-F. C. Porto, considerou o trabalho do líder da Liga "inócuo e vazio".
Hoje, no Estádio Municipal de Leiria, Reinaldo Teixeira relegou para mais tarde, depois da Assembleia Geral da Liga de terça-feira,uma reação mais extensa sobre a polémica em torno da alteração da data do jogo da sétima jornada, que disputa hoje.
No entanto, o líder da LPFP lembrou: "Em relação ao F. C. Porto e todas as sociedades desportivas, o nosso slogan é 'Uma Liga para todos', e é com esse espírito que estarei até ao último dia".
"Quem estiver nas nossas reuniões da direção, vê que trato o F. C. Porto com o carinho com que trato todos. São opiniões", comentou, desejando ter tempo para, até ao final do mandato, em 2027, levar Villas-Boas a ter outra opinião.
O encontro da I Liga de futebol entre o Arouca e o F. C. Porto foi reagendado de 28 de setembro para 29 de setembro de forma unilateral pela Liga, perante o desacordo dos 'azuis e brancos', que defrontam o Estrela Vermelha três dias depois, a contar para a Liga Europa.
O encontro estava agendado para 28 de setembro, coincidindo com a realização da Feira das Colheitas, evento que atrai milhares de visitantes àquela vila do distrito de Aveiro, facto que levou a autarquia local e a Polícia de Segurança Pública (PSP) a pedirem o reagendamento do mesmo, por questões de segurança.
No dia 17 de setembro, a LPFP comunicou o adiamento da visita do F. C. Porto ao Arouca de 28 para 29 de setembro, por troca com o jogo entre Famalicão e Rio Ave, ambos da sétima ronda do campeonato, cenário que motivou fortes críticas de 'dragões' e vila-condenses.
O presidente do FC Porto, André Villas-Boas, considerou a hipótese de suspender a partida na data determinada, mas o clube temeu que as incertezas quanto à eficácia do procedimento e à data da tomada de decisão pelo Tribunal Arbitral do Desporto pudessem prejudicar a preparação dos jogadores.
Os portistas reforçaram as críticas já dirigidas à LPFP, realçando que a falta de espaçamento entre jogos nacionais e das competições europeias prejudica o futebol português no seu todo, numa altura em que o país poderá ter em causa o sexto lugar no ranking de coeficiente de ligas da UEFA.
No entendimento dos portistas, a nova data é "manifestamente ilegal" à luz do regulamento das competições.
"O F. C. Porto reitera que a decisão da Liga Portugal é manifestamente ilegal, dado que viola o Regulamento das Competições que, expressamente e sem margem para dúvidas, impede o reagendamento de uma partida para as 30 horas seguintes nas situações em que um dos clubes tenha de realizar um jogo oficial das competições da UEFA na semana seguinte", referiu o clube em comunicado.
Contrariando os 'dragões', a LPFP, também em comunicado, esclareceu que se viu obrigada a proceder ao reagendamento, garantindo que a decisão está suportada pelo regulamento da prova.