O candidato presidencial Marques Mendes afirmou este sábado que, se for eleito presidente da República, vai manter a organização da Festa do Livro, nos jardins do Palácio de Belém.
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Luís Marques Mendes falava aos jornalistas a meio da sua visita à Festa do Livro, declarações em que também remeteu para a Procuradoria-Geral da República (PGR) as questões relacionadas com a empresa familiar do primeiro-ministro, Luís Montenegro, a "Spinumviva".
Para o antigo presidente do PSD e atual membro do Conselho de Estado, a Festa do Livro nos jardins do Palácio de Belém "foi uma grande ideia" do chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa.
"É uma ideia que os portugueses apreciam. E quando eu for presidente da República vou manter a Festa do Livro em Belém. As boas ideias devem manter-se, não devem ser mudadas. Precisamos de fomentar ainda mais hábitos de leitura e esta iniciativa do presidente da República é de elogiar", acentuou.
Sobre o seu passeio pelas bancas dos livreiros, Marques Mendes revelou já ter comprado dois livros: um sobre inteligência emocional, o que "é sempre muito importante, e sobretudo nestas ocasiões; outro sobre os media e sobre o serviço público dos media".
Em relação ao serviço público na área da informação, o candidato presidencial destacou que é uma matéria que aprecia muito e em cuja reflexão disse ter colaborado.
Confrontado com o facto de o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, ter defendido, esta semana, que na RTP é possível fazer mais com menos, Marques Mendes respondeu: "Isso é sempre possível, porque é tudo muitas vezes uma questão de gestão e de organização."
"Agora, isso não significa que se vá desinvestir do serviço público. Isso não é um bom princípio", advertiu.
Para Luís Marques Mendes, "o serviço público dos media é uma orientação que deve ser mantida para o futuro e deve-se investir nela. Agora, evidentemente, como os recursos públicos são sempre escassos, se pudermos gerir melhor, tanto melhor. Mas isto aplica-se nos media, aplica-se na educação pública, aplica-se no Serviço Nacional de Saúde", completou.
Interrogado sobre o caso da empresa familiar do primeiro-ministro, o candidato presidencial defendeu que essa é matéria que está a ser tratada no quadro de uma averiguação preventiva na PGR.
"Manda o bom senso que se aguarde a decisão da PGR. Se vai ser arquivada, não vai ser arquivada, até lá acho que é do mais elementar bom senso não fazer nenhum comentário", acrescentou.