Marques Mendes: sem estabilidade nos próximos quatros anos, Portugal vai "perder muito"
O candidato a Belém Luís Marques Mendes disse esta terça-feira concordar com o presidente da República sobre "não haver razão" para os próximos orçamentos serem rejeitados, argumentando que sem estabilidade nos próximos quatro anos, o país vai "perder muito".
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"[Concordo] em absoluto. (...) A primeira causa que eu apresentei para me candidatar foi a ideia de estabilidade. Ora, de um modo geral, só se cria instabilidade quando se chumbam os orçamentos. A minha primeira prioridade é ajudar, quando for presidente da República, a que os próximos orçamentos tenham o resultado final que este teve", afirmou, após ser questionado sobre as declarações de Marcelo Rebelo de Sousa, de que "não há razão" para que a aprovação dos próximos orçamentos do Estado seja complicada.
Marques Mendes falava aos jornalistas nas instalações da instituição Crevide, em Moscavide, Loures, enquanto decorria, no plenário da Assembleia da República, o encerramento do debate na generalidade da proposta de Orçamento do Estado para 2026, que tem viabilização garantida com a anunciada abstenção do PS.
Luís Marques Mendes reforçou que a viabilização do Orçamento do Estado é um "muito importante", sublinhando que, "se Portugal não tiver estabilidade durante os próximo quatro anos", o país vai "perder muito".
"Vamos ter menos economia, vamos ter menos rendimento disponível, vamos ter menos dinheiro para as pensões de reforma e vamos ter menos condições para apoiar o Estado social", considerou.
O candidato presidencial apoiado pelo PSD afirmou ainda que a "estabilidade não uma questão para os políticos", porque estes "vivem bem com estabilidade ou sem estabilidade", estando no Governo ou na oposição.
"Quem perde é o povo. E dentro do povo perdem aqueles que são apoiados por estas instituições. Os idosos, pensionistas, reformados, as crianças. É por isso que a estabilidade não é uma questão tão decisiva para os políticos. É determinante sim para o povo", afirmou.
A Assembleia da República aprova esta terça-feira, na generalidade, a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2026, que será viabilizado com os votos do PSD e CDS-PP e a abstenção do PS. O documento será aprovado após um dia em meio de debate na generalidade.
O orçamento terá os votos contra da IL, PCP e da deputada única do BE, Mariana Mortágua. Os deputados únicos do PAN e do JPP vão abster-se. O Chega e o Livre ainda não anunciaram o seu sentido de voto.
