A Comissão Portuguesa de Mediação (CPM) exige que seja criada uma carteira profissional para mediadores de conflitos que, atualmente, sem um enquadramento profissional, não são obrigados a estar inscritos nas listas de profissionais organizadas pelo Ministério da Justiça.
Corpo do artigo
“Sendo a mediação um campo tão sensível de trabalho, este vazio é perigoso porque permite, por exemplo, que nem todos os que estão no terreno tenham formação em mediação”, alerta Maria João Castelo-Branco, presidente da Federação Nacional de Mediação de Conflitos, membro da CPM. Em Portugal, não existe uma entidade específica responsável pela gestão e supervisão de mediadores de conflitos (como, por exemplo, uma ordem profissional).
Ana Maria Costa Silva, coordenadora da CPM, teme que “este caos deturpe o que é verdadeiramente a mediação e que os próprios cidadãos não tenham assegurado o atendimento por profissionais devidamente acreditados”. Por outro lado, sem a dignificação da carreira, os vínculos laborais são precários. “A maior parte dos mediadores nas escolas têm contratos quanto muito anuais”, diz.