Especialistas querem evitar “situações melindrosas e alarmantes” para os emigrantes portugueses que estão a receber e-mails a dizer que ficam “inativos no SNS”.
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A decisão de remover os emigrantes portugueses das listas dos centros de saúde e, assim, libertar vagas para 1,7 milhões de cidadãos residentes em território nacional sem médico de família deve ser clarificada “junto das unidades de saúde para não criar situações melindrosas e alarmantes”. O pedido ao novo Governo é do vice-presidente da Unidade de Saúde Familiar Associação Nacional (USF-AN), Nélson Magalhães.
O repto de Nélson Magalhães surge após o antigo Governo do PS ter suspendido, a 30 de março, a norma do despacho que retirava os emigrantes da lista de médicos de família até decisão do novo Executivo. Contudo, mesmo depois da suspensão, continuaram a chegar e-mails aos emigrantes, informando-os que ficariam “inativos no SNS”. Foi, por exemplo, o que sucedeu a utentes da Unidade Local de Saúde (ULS) de Leiria. Fonte da ULS reconheceu o “lapso” e diz estar a corrigi-lo “junto dos utentes”. Aliás, o JN sabe que os emigrantes portugueses visados começaram a receber o e-mail da correção na noite de 10 de abril.