Aviões estiveram praticamente parados devido a densas colunas de fumo que colocaram em perigo os pilotos. Situações em Ponte da Barca e em Arouca foram as mais preocupantes.
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Os meios aéreos tiveram pouca participação no combate aos dois principais incêndios ativos ontem em Portugal continental, nos concelhos de Ponte da Barca e de Arouca. "Houve dificuldade extrema em empenhá-los, devido à falta de visibilidade provocada pelo fumo", explicou Carlos Pereira, adjunto de operações da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
A polémica da não operacionalidade dos aviões disponíveis para auxílio às operações no terreno surgiu depois de a ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, ter considerado "irrelevante" o número de equipamentos prontos a atuar. E de vários autarcas terem considerado escassos os aparelhos disponíveis, 72 no total. "É impossível combater este incêndio com apenas um meio aéreo", criticou Augusto Marinho, presidente da Câmara de Ponte da Barca, citado pela agência Lusa, referindo-se à situação vivida nas freguesias locais afetadas pelas chamas, onde, segundo a ANEPC, arderam "mais de 3000 hectares", 480 dos quais apenas ontem, situação que o levou a apelar ao Governo para a ativação do Mecanismo Europeu de Proteção Civil.