Famílias monoparentais ou com quebra de rendimentos desesperam. Há quem pondere deixar a casa e perder o apoio.
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A lista de espera das candidaturas ao apoio Porta 65+, lançado há um ano e meio para famílias monoparentais ou com quebras de rendimentos, já vai em quase um ano, quando a lei dita o prazo de 45 dias úteis. Na base do atraso está a lentidão da troca de informações entre os organismos do Estado, que nunca foi assegurada com a criação do programa de apoio. Há 2800 candidatos à espera.
Fábio Carvalho tem 28 anos e candidatou-se ao apoio do Porta 65+ no início de abril. Já passaram cinco meses e ainda está à espera. Não é dos que têm uma demora maior, mas é dos casos mais críticos: “Quando a candidatura vier aprovada dão-me o apoio com retroativos, mas até lá não sei como fazer. Tem sido difícil e não sei se não vou ter de sair da casa”, denuncia o jovem.