A ministra da Saúde admitiu esta quarta-feira no Parlamento que poderá recorrer a modelos de consulta à distância nas urgências pediátricas de zonas do país com menor densidade populacional e com maior dificuldade de fixação de profissionais.
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"Na urgência referenciada pediátrica, em áreas mais do interior e onde temos menos possibilidade de fixar médicos especialistas (...) podemos ter que recorrer em determinadas circunstâncias, a modelos de consulta à distância", afirmou Ana Paula Martins, garantindo que não será para resolver tudo com medicina digital.
Dando os exemplos que já existem das teleconsultas com os médicos de família e da telerradiologia nos hospitais, a ministra salientou que é necessário "ter novos modelos e de os aplicar a áreas que são muito preocupantes, porque não há portugueses de primeira e portugueses de segunda".
Sobre as urgências em geral, Ana Paula Martins adiantou que o Governo está a trabalhar numa portaria com um pacote de incentivos para atrair os profissionais para os serviços, que não passa apenas por aumentar o valor da hora extra.
Ainda assim, explicou que foi necessário republicar a portaria do anterior secretário de Estado da Saúde, sob pena dos serviços encerrarem. "Se não tivesse republicado a portaria de Ricardo Mestre, na Guarda não tinhamos urgência aberta", justificou.