Ministra confirma juiz Carlos Alexandre para presidir comissão antifraude do SNS

Foto: Nuno Veiga/Lusa
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, confirmou, esta quarta-feira, o nome do juiz Carlos Alexandre para presidir à Comissão de Combate à Fraude no Serviço Nacional de Saúde, dizendo que tomará posse ainda este ano.
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"Estou muito feliz por o juiz desembargador ter aceitado mais esta missão", afirmou Ana Paula Martins aos jornalistas, depois de o JN ter avançado hoje com o nome do magistrado, que conduziu processos polémicos como a Operação Marquês ou o caso BES.
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Falando no Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), em Lisboa, à margem do encontro "SAÚDE nos JUNTA", sobre o fortalecimento dos sistemas de saúde, particularmente nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), Ana Paula Martins indicou que Carlos Alexandre vai tomar posse "muito proximamente".
A Comissão de Combate à Fraude no Serviço Nacional de Saúde (CCF-SNS) terá elementos permanentes da Polícia Judiciária, da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde, da Inspeção-Geral de Finanças e do Infarmed.
O nome do magistrado que presidirá à CCF-SNS terá ainda de ser aprovado em Conselho de Ministros.
Ana Paula Martins recordou que a comissão vai "garantir que existe prevenção da fraude" e que "qualquer indicador de risco" seja investigado.
"Esta entidade não tem poderes de investigação nem de aplicação de penas. Isso depois é entregue às autoridades competentes. Faz parte daquilo que é a gestão de um SNS que tem uma parte importante, que são os recursos públicos, que é, neste momento, todo o IRS que os portugueses pagam", salientou a ministra da Saúde.
A comissão deverá centralizar, coordenar e executar a estratégia de prevenção e deteção da fraude no âmbito do SNS, cabendo-lhe prevenir, detetar e investigar fraudes relacionadas com atos médicos, receitas, compras, contratos e procedimentos hospitalares.
Segundo avançou o JN, a meta do Governo é poupar 800 milhões de euros durante o mandato.
A CCF-SNS vai definir anualmente as áreas prioritárias de atuação e o plano de atividades será aprovado na primeira quinzena de janeiro e levado ao conhecimento dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da Justiça e da Saúde.
