Escolha de Carlos Alexandre para comissão antifraude no SNS divide médicos e enfermeiros

Escolha do Governo de nomear Carlos Alexandre para a liderança da nova comissão antifraude no SNS divide médicos e enfermeiros
João Relvas/Lusa
A escolha do Governo de nomear o juiz desembargador Carlos Alexandre para a liderança da nova Comissão de Combate à Fraude no Serviço Nacional de Saúde tem visões opostas entre os médicos e os enfermeiros. Enquanto a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) considera o nome polémico, o Sindicato dos Enfermeiros concorda com a criação da comissão desde que a poupança anunciada de 800 milhões seja investida na contratação de mais profissionais de saúde.
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Joana Bordalo e Sá, presidente da Federação Nacional dos Médicos, diz ao JN que o nome escolhido "é no mínimo polémico", pois o juiz Carlos Alexandre, responsável pela detenção de José Sócrates na Operação Marquês, "esteve em várias controvérsias" ao longo dos anos. Mas o ponto central, segundo Joana Bordalo e Sá, é que "enquanto forem nomeações políticas, haverá sempre dúvidas sobre o verdadeiro objetivo destas comissões", acrescentando que o Governo de Luís Montenegro "está agora a fazer esta operação para criar uma perceção pública maliciosa sobre os médicos".

