Ministra da Saúde destaca persistência no setor e necessidade de reformas profundas

Ana Paula Martins esteve presente na cerimónia dos 43 anos da CESPU, em Paredes
Foto: António Orlando
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, afirmou esta sexta-feira, em Paredes, que, apesar das dificuldades e da burocracia, o setor da Saúde português nunca desistiu e continua a apostar na formação e qualificação de profissionais.
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"Não estamos aqui para desistir. Se desistíssemos, desistíamos da educação, desistíamos de contribuir para a formação e para enfrentar os desafios económicos do país", sublinhou a governante durante a cerimónia dos 43 anos da CESPU (Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário).
Ana Paula Martins reconheceu que, apesar do investimento feito, Portugal ainda não apresenta respostas adequadas em várias áreas da Saúde, mas atribuiu o problema à organização do sistema, e não à dedicação de profissionais ou dirigentes. "A forma como estamos organizados não evoluiu suficientemente", afirmou, defendendo soluções "verdadeiramente reformistas" e reformas profundas para modernizar o Estado e o Serviço Nacional de Saúde.
No evento, o presidente da Câmara de Paredes, Alexandre Almeida, apelou à homologação do curso de Medicina da CESPU e destacou a sobrecarga da Unidade Local de Saúde do Tâmega e Sousa. António Almeida Dias, presidente do conselho de administração da CESPU, também lamentou que o curso de Medicina ainda não tenha sido aprovado, apesar de outras instituições com menos condições já o terem conseguido.
A ministra destacou o papel da CESPU na formação de profissionais essenciais para enfrentar os desafios económicos e sociais do país, e elogiou a instituição por nunca ter desistido, mesmo diante de obstáculos e burocracias. "A educação transforma espelhos em janelas. O sistema de saúde precisa de mais janelas e de menos espelhos", concluiu, reforçando a importância da persistência e da inovação organizacional para a melhoria dos serviços de saúde.
