Ministra diz que Mais Habitação "não é uma mão cheia de nada", mas compreende manifestações
Para a ministra da Habitação, Marina Gonçalves, as manifestações convocadas para este sábado são "um contributo para a discussão pública do Mais Habitação" que, segundo a mesma, "não é uma mão cheia de nada" e está a apoiar famílias.
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"É importante que esta voz das pessoas seja também ouvida por nós, não apenas para nós políticos, mas pela sociedade em geral. É um contributo para a discussão pública do Mais Habitação", disse a ministra, na cerimónia que assinala o início da construção de um novo edifício de arrendamento controlado, na Maia.
Para este sábado estão previstas várias manifestações em 19 cidades do país, envolvendo cerca de 100 organizações. A crise da habitação volta a sair às ruas contra o pacote Mais Habitação.
Face às críticas de que o plano do Governo "é uma mão cheia de nada" e "um adiar do problema com a barriga", a ministra afirmou que "difícil seria não ter medidas para tentar responder a curto prazo".
"O apoio à renda definido no Mais Habitação chegou a 185 mil famílias e, portanto, não é uma mão cheia de nada. Permite às famílias terem outra estabilidade no acesso ao arrendamento, são medidas conjunturais, mais imediatas, que esperemos que no futuro não sejam necessárias", acrescentou.
Aos jornalistas, a ministra referiu ainda que "é importante ficarmos todos vigilantes com a execução do Mais Habitação", não refutando alterações futuras do plano.
"Nós temos no plano várias dimensões de resposta, algumas já estão no terreno, outras estão neste momento em fase de regulamentação, porque os diplomas já foram aprovados", adiantou Marina Gonçalves.
Sobre alterações futuras, a ministra disse que o plano é evolutivo e nunca pode perder o objetivo principal que é garantir o acesso à habitação. "Há medidas que obviamente podem ser equilibradas em função da sua eficácia", declarou.