A ministra da Administração Interna admitiu, esta quarta-feira, que o incêndio de Pedrógão Grande "foi o momento difícil" que já alguma vez enfrentou. De forma muito emocionada Constança Urbano de Sousa admitiu, ainda assim, que não se vai afastar do cargo. O PSD chamou a atenção da ministra que "os estados de alma" não ajudam a agir.
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"Este não foi o momento mais difícil da minha carreira política. Foi o momento mais difícil da minha vida", garantiu, com a voz embargada no arranque da audição na Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, que ocorre a seguir ao debate quinzenal dominado pelo mesmo assunto.
Urbano de Sousa afastou, mais uma vez, a hipótese de demissão. Tal como tem referido desde o primeiro momento dos acontecimentos em Pedrógão Grande, a governante disse que essa seria "a solução mais fácil".
O PSD reagiu à emotividade da ministra com um alerta: é altura de passar à ação, já não é de choros.
"É preciso agir", atirou o deputado social-democrata Fernando Negrão, avisando a ministra de que "os estados de alma muitas vezes não nos ajudam a agir". "Temos de nos abstrair desse sofrimento no sentido da que ação é necessária para resolver os problemas das pessoas", disse, frisando que reconhece à ministra e ao secretário de Estado Jorge Gomes, que está ao lado de Urbano de Sousa nesta audição, "o sofrimento porque passaram".