A ministra da Saúde deu instruções à ARS de Lisboa e Vale do Tejo para que os hospitais da região elevem os níveis dos seus planos de contingência para o máximo e cancelem a atividade programada não urgente para darem resposta à pressão no internamento e procura crescente.
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A decisão foi tomada após uma reunião de trabalho com a Comissão de Acompanhamento Nacional em Medicina Intensiva para a covid-19, realizada na passada terça-feira, para análise da situação epidemiológica e da ocupação de camas na região de Lisboa.
Ao JN, o Ministério da Saúde confirmou que nessa reunião concluiu-se ser "necessário que os hospitais da região escalassem os seus planos de contingência para dar resposta a necessidades de internamento decorrentes de uma procura potencialmente crescente".
Como tal, a tutela decidiu "recordar as orientações que já haviam sido dadas em outras fases da pandemia, mas neste caso, dirigidas especialmente à região de Lisboa e Vale do Tejo".
O nível máximo dos planos de contingência dos hospitais implica a suspensão da atividade programada, nomeadamente consultas e cirurgias.
O Ministério da Saúde recorda que "a orientação sobre a atividade a cancelar é, como tem sido sempre, para situações de atividade assistencial programada (não urgente) que, pela sua natureza ou prioridade clínica, não implique risco de vida para os utentes, limitação do seu prognóstico e/ou limitação de acesso a tratamentos periódicos ou de vigilância".
O que se pretende, refere a tutela, "é assegurar que, sendo necessário, existe aumento da capacidade de resposta ao doente crítico".