O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, afirmou, na manhã desta segunda-feira, que "o ano de 2023 vai ser mais difícil ainda do que foi o ano de 2022", em termos de incêndios, acrescentando que 55% dos fogos do ano passado aconteceram "por negligência". Palavras deixadas em Matosinhos, à margem da cerimónia que marcou a reabertura da renovada esquadra da PSP.
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Dando como exemplo os devastadores incêndios no norte de Espanha, o ministro afirmou que o país vizinho "teria a convicção" de que estava preparado "para todas as circunstâncias", mas "a intensidade dos incêndios está a ser de tal ordem que todos os meios disponíveis não foram suficientes" para evitar a retirada de várias pessoas das suas casas. Por isso, deixou um apelo a quem tem "responsabilidade em todo o sistema" de prevenção em Portugal, nomeadamente nas "limpezas preventivas" e na preparação dos municípios e dos bombeiros, no sentido de todos os agentes estarem preparados "para um ano que vai ser muito difícil".
Relativamente aos fogos do ano passado, o governante disse que se tivesse havido "mais cuidado e mais responsabilidade" da parte dos proprietários de terrenos, talvez aquela percentagem não tivesse sido tão elevada. Acrescentou que a GNR está, por todo o país, "a sensibilizar as populações", com a identificação das freguesias de risco e em comunicação com as autarquias com vista a uma melhor sensibilização dos proprietários.
"Aquilo que posso dizer é que, por todos os indicadores que temos hoje, o ano de 2023 vai ser mais difícil ainda do que foi o ano de 2022. Portanto, temos de nos preparar", insistiu José Luís Carneiro.